Dicas para conciliar carreira e cuidados com os filhos

Uma das principais angústias para as mulheres é conciliar trabalho e família. Numa entrevistaa à Carla França, do www.canalrh.com.br, a psicóloga Dina Azrak, especialista em Comunicação, Educação e Relacionamento Familiar dá dicas interessantes sobre o tema. O blog Pérola disponibiliza para você.


                                                                         Foto: zjohsnon (etsy)

1. Escute e entenda os sentimentos e necessidades de seu (s) filho(s)
Para as crianças, o momento do reencontro é tão complicado quanto o da separação, explica a psicóloga. “Que mãe, ao chegar em casa, nunca enfrentou os filhos escalando suas pernas, falando pelos cotovelos, disputando sua atenção”, pergunta Dina. Por isso, dê atenção ao seu filho(a) antes que ele (a) peça. Ao chegar em casa após um dia de trabalho, desligue o celular, baixe o volume da secretária eletrônica e dedique ao menos cinco minutos para escutar o que seu filho tem a dizer, e concentre-se nisso. Nesse momento, quanto mais disponível a mãe estiver para seus filhos, menos ela será solicitada. Se for preciso repreendê-lo por alguma coisa, leve em conta que são necessários cinco elogios para contrabalançar uma crítica. “A maneira de falar faz toda a diferença, por isso é muito importante elogiar de forma concreta, descritiva, as pequenas e grandes conquistas”, garante Dina.

2. Afirme os seus sentimentos e necessidades em relação ao seu filho.
A criança com certeza sente tanto a falta da mãe quanto a mãe a dela. Demonstre com gestos e palavras. Bilhetes, mimos ou um telefonema são ótimas alternativas para demonstrar preocupação e afeto. Se você saiu de casa para o trabalho sem se despedir, deixe um bilhete ou telefone no meio do dia só para dizer que o suco de laranja foi feito especialmente para ele. “Se você não pode buscá-lo na escola, diga que adoraria, mas que vai guardar toda a vontade de encontrá-lo até de noite, quando chegar em casa", explica a psicóloga. Na hora da despedida para o trabalho, por exemplo, quando cada um vai para um lado, invente um abraço diferente e transforme a situação num momento lúdico. “Olhe nos olhos do seu filho”, ensina Dina.

3. Convide seu filho a pensar junto com você soluções para os problemas.
Se você tem de viajar no fim de semana ou chegar mais tarde do trabalho e não tem com quem deixá-lo, em vez de impor que ele passe o fim de semana na casa da avó, ouça o que ele tem a dizer e peça sua ajuda. Ele pode aceitar dormir na casa da avó, mas pedir para passar o dia na casa de um amigo. A especialista também ressalta que é preciso tomar cuidado para o trabalho não se transformar num vilão para a criança. Explique que você não pode e não quer deixar de trabalhar e enumere os motivos, como prazer, dinheiro etc.

4. Faça um brainstorming, ou seja, escreva num papel todas as idéias, suas e dele para resolver os impasses diários, como num jogo.

Estimule a criatividade do seu filho. A criança pode trazer idéias, mas é preciso que você a estimule a fazer pequenas escolhas. “Comece perguntando se ele prefere que você se despeça do elevador ou da janela quando está saindo para o trabalho”, explica a psicóloga. “É delegando tarefas que eles já podem cumprir que descobrirão que não precisam recorrer à mãe todas as vezes.

5. Com a lista de idéias em mãos, elimine aquelas que sejam desconfortáveis para ele e sinônimo de preocupação para você, explicando os motivos.

Além de incentivar a autonomia da criança, você ensina que a vida é feita de escolhas e as soluções podem ser construídas coletivamente visando o bem de todos. O importante é canalizar as forças opostas na busca da solução que contemple os dois lados, como num pacto. A psicóloga ressalta que cada família funciona de um jeito, mas a criança, independentemente da idade, não só adora se sentir incluída no processo de tomada de decisões, como aprende a linguagem da negociação.

Ao aprender e utilizar esta linguagem de equilíbrio, honestidade e crescimento, a auto-estima aumenta e a mãe pode oferecer ao filho as ferramentas com as quais se constrói um novo modo de viver. “A mãe ensina a lidar com a realidade, a celebrar os bons momentos e a enfrentar os desafios com serenidade e competência”, afirma a psicóloga, Dina Azrak.

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