Tive o privilégio de comemorar o Dia do Ginecologista (30 de outubro) ajudando duas mulheres de fibra a realizarem o sonho de trazer ao mundo seus filhos de parto normal: as mamães Fernanda e Vânia. Foram dois momentos emocionantes.

Enzo nasceu com quase quatro quilos na madrugada de domingo

 Enzo no colinho da vovó, bem acompanhado pelo papai Valdinei e mamãe Fernanda

Fernanda era só sorrisos, afinal conseguiu o sonho do parto normal, mesmo depois de uma primeira cesárea. Parabéns, Fernanda, seu esforço foi exemplar!

E...também chegou uma menininha rosada no pedaço...


Isabela nasceu no início da tarde do domingão

No início da noite mamãe Vania toda faceira com a filhota, com a felicidade por ter conseguido o parto normal estampada no rosto. Parabéns a Fernanda e Vânia pelo meu presente especial no dia do Ginecologista. 
                                      Crédito da foto: eakphotography
Publicado em http://www.tempodemulher.com.br/
Por Madson Moraes

Um milhão de brasileiros deve sofrer algum tipo de fratura ainda em 2011 por causa da osteoporose. A doença, que atinge 10 milhões de pessoas no Brasil, principalmente as mulheres, resulta da carência de cálcio no organismo e a forma mais visível é o jeito de andar curvado de pessoas mais velhas. Mas por que atinge mais as mulheres?

A deficiência na ingestão de cálcio, somada às alterações hormonais, tornam as mulheres mais vulneráveis à osteoporose do que os homens. Quando terminam as menstruações, entre os 45 e 50 anos, há uma queda significativa no nível de estrógeno no corpo feminino. Para o médico Bruno Muzzi Camargos, presidente da Sociedade Brasileira de Densitometria Clínica, é importante fazer um controle regular da perda óssea da mulher. "Após a menopausa, a perda de massa óssea é acelerada podendo chegar a 5% ao ano. Esse ritmo cai após os 70 anos quando, apesar de haver perda, ela é mais lenta", explica.

Segundo o Ministério da Saúde, 1/3 das mulheres entre 60 e 70 anos sofre com a doença e o número sobe para 2/3 nas mulheres com mais de 80 anos. A osteoporose é agravada por fatores genéticos e por uma série de problemas relacionados ao estilo de vida como o sedentarismo, alimentação inadequada, fumo, álcool, café em excesso, entre outros.

O que é?

A osteoporose é uma doença osteometabólica que interfere diretamente na qualidade de vida dos pacientes: pode causar fraturas e alterações na caixa torácica, causando dificuldade de respiração, dor intensa, perda de altura e até mesmo a morte. Podemos dizer que a osteoporose é uma doença silenciosa. Em geral, a perda de massa óssea não apresenta grandes sintomas. Se o quanto antes uma possível deficiência na massa óssea for detectada e acompanhada mais eficiente será o tratamento, o que evita a necessidade de intervenção com medicamento e, principalmente, danos muitas vezes irreversíveis para o esqueleto.

O risco de osteoporose depende tanto do ganho de massa óssea adquirida até o final da maturação do esqueleto, entre os 20 e 30 anos, período denominado "pico de massa óssea", quanto do índice de perda da massa nas épocas posteriores a este período. Por isso, o cuidado com a saúde dos ossos deve começar desde a infância, com a ingestão das quantidades diárias recomendadas de cálcio.

Diagnóstico

O diagnóstico da osteoporose é realizado por meio da densitometria óssea, um exame recomendado para mulheres que se aproximam da menopausa, que estão na menopausa ou que já passaram por ela com o objetivo de detectar o quanto antes quadros da doença. Este exame avalia o conteúdo mineral do osso. Fazem parte do grupo de risco da doença pessoas com predisposição genética, mulheres na pós-menopausa e pacientes que tenham sofrido fraturas, tenham idade avançada ou façam uso de corticosteróides, anticonvulsionantes, anticoagulantes, além dos portadores de doenças inflamatórias crônicas.

Prevenção e tratamento

Para prevenir e tratar a osteoporose, além do uso de medicamentos, é possível investir numa dieta rica em cálcio, fazer exercícios físicos para fortalecer a musculatura e prevenir quedas, além de expor-se ao sol - o que promove a síntese da vitamina D, fundamental para a absorção do cálcio e para a mineralização do osso. "É bem mais barato prevenir a osteoporose e uma das medidas de prevenção consiste no fornecimento de cálcio aos ossos nas quantidades que eles necessitam diariamente", afirma Rogério Vidal de Lima, ortopedista especializado em Cirurgia de Colunas pelo Hospital das Clínicas e do Corpo Clínico do Hospital Albert Einstein.

A prevenção também evita o perigo das fraturas. As fraturas relacionadas à baixa densidade óssea são uma das principais causas de incapacidade permanente. Segundo o Ministério da Saúde, no ano de 2009, foram gastos no SUS quase R$ 81 milhões com fraturas de idosos. As mais graves ocorrem no colo do fêmur e nas vértebras da coluna, onde os ossos não se rompem de vez, mas ocorrem pequenas fraturas que somadas podem provocar o esmagamento das vértebras atingidas com consequente redução de estatura.


"Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples" - Manuel Bandeira


Não sinta pena de seu filho pela ausência do pai: "A mãe vai ter de ensinar ao filho que, seja por abandono, morte ou outro motivo, seu filho vai ter que aprender a lidar com a situação. Ela nunca deve tratar o filho como coitadinho", avalia Dra. Olga.

Crie seu filho para o mundo: É preciso entender que, apesar de ter arcado com todas as responsabilidades sozinhas, quando crescidos, os filhos tomam seus rumos. "Elas se apegam e depois se sentem abandonadas porque toda a sua vida girou em torno de exercer o papel de mãe. É a síndrome do ninho vazio", comenta Dra. Olga.

Seu filho mais velho não é o homem da casa: Eles têm que ser criados para ter independência, e o filho mais velho nunca deve ser tratado como o pai dos menores, caso a mulher tenha mais crianças em casa. "Tente dividir responsabilidades, já que precisa trabalhar, delegue tarefas", sugere Dra. Olga.

Não se anule da vida: A mulher não deve se colocar em último plano, precisa se deixar viver. "Normalmente a vez delas não chega nunca. É preciso cuidar de si, tem que ter tempo de ir ao cabeleireiro, ler um livro, sair, conhecer novas pessoas, se relacionar e até assistir novela. É encarar essas atividades com prazer, como um lazer, e nunca como uma obrigação", opina Dra. Olga.

"Optei por não ter mais ninguém, sou sozinha, mas não tenho solidão. Assumi essa condição numa boa e estou de bem com minha vida", relata a educadora Elenice, mãe de Fernanda e Paula. "Meu filho não tem ciúmes de mim, saio numa boa, ele conhece todos os meus amigos. Aliás, vive dizendo que quer ter um irmãozinho. Mas isso depende de eu arrumar uma pessoa bacana", diz Linara.

Dê o melhor de si: Dra. Sueli lembra que as mães realmente estão sobrecarregadas, principalmente por terem conquistado cada vez mais funções de grande responsabilidade no mercado de trabalho, mas que, apesar do cansaço, precisam se superar. "Às vezes vai faltar paciência, então é preciso se desdobrar. A mãe tem que fazer o seu melhor e lembrar que a criança já sofre uma ruptura por não conviver com o pai. O filho não tem culpa de o relacionamento não ter dado certo".

Quantidade não é qualidade: Independentemente do tempo que for destinar à criança, faça com dedicação. "A criança precisa ser alimentada fisicamente e emocionalmente com o amor de mãe, principalmente se o pai não for presente. Seu filho precisa de atenção, mas não se sinta sugada. Mesmo que o tempo seja menor, se esforce, supere limites, faça seu melhor", aconselha Dra. Sueli.

Não impeça seu filho de se relacionar com o pai: Pense que o contato é importante do ponto de vista emocional. A figura paterna pode ajudar a fortalecer a identidade, principalmente dos meninos, e fazer a diferença na segurança e equilíbrio da criação. "Quanto menos hostilidade e pirraça, melhor para a criança", lembra Dra. Sueli.

Não use chantagem para conseguir apoio financeiro: Conseguir dinheiro a qualquer custo não vale à pena, principalmente se pai e mãe não convivem civilizadamente. "Nunca usei minhas filhas ou fiz algum tipo de jogo com os pais delas para conseguir mesada, pensão ou qualquer outra coisa. Deixei-os livre para se aproximarem, eu preferia que dessem amor a elas, não dinheiro. No meu caso, tive condições de assumir, mas, sendo sensata, a parte financeira é bem complicada. Se possível, os dois precisam entrar em acordo pelo bem dos filhos. Mas se você tem como viver humildemente sem a ajuda deles, vá em frente. Para ficar junto, precisa ter amor", relata Elenice.

Não viva para se arrepender: Deixe de lamentar relações frustradas. "Não sou do tipo doméstica, mãezona, mas minha maneira foi apostar na educação. Sou professora, acho isso fundamental. Se o pai não ajuda, a mãe vende até o carro se for para investir em seu filho", acredita Elenice."Quando a mulher engravida muda totalmente sua visão. É uma vocação e esse sentimento ela tem que agarrar e se conscientizar de que sua vida vai mudar. Não podemos largar para nossas mães criarem. Enfrente tudo em prol de seu filho", aconselha a bancária Linara, mãe de Pedro.


"Seu tempo é limitado, então não percam tempo vivendo a vida de outro. Não sejam aprisionados pelo dogma – que é viver com os resultados do pensamento de outras pessoas. Não deixe o barulho da opinião dos outros abafar sua voz interior. E mais importante, tenha a coragem de seguir seu coração e sua intuição. Eles de alguma forma já sabem o que você realmente quer se tornar. Tudo o mais é secundário." - Steve Jobs

 
Frase retirada do blog www.passarinhosnotelhado.com.br


O caçulinha adora um colinho

Último ano como criança. No próximo, 13 aninhos, meu grandão!

A afilhada Ana Clara, simpatia e astral sem igual!

Vamos ver o colorido deste dia!

Vocês dizem: “Cansa-nos ter de conviver com as crianças.” Têm razão. Vocês dizem ainda: “Cansa-nos porque precisamos descer ao seu nível de compreensão”. Descer. Rebaixar-se, inclinar-se, ficar curvado. Estão equivocados. Não é isso o que nos cansa, e sim o fato de termos de elevar-nos até alcançar o nível de sentimentos das crianças. Elevar-nos, subir, ficar nas pontas dos pés, estender a mão. Para não machuca-las”- Janusk Korczak



Fonte: bebê.abril.com.br

Hábitos alimentares saudáveis começam pela amamentação
Até os 6 meses, nada de água, chás e sucos, somente leite do peito. Além de nutrir, imunizar e estreitar laços afetivos, o alimento materno deixa lições que a criança guarda para o resto da vida. Uma das mais importantes delas é a chamada autorregulação. Ao decidir quanto e quando vai mamar, o recém-nascido aprende a lidar com a saciedade, o que reduz e muito o risco de obesidade no futuro. Aliás, um deslize bastante comum nessa fase é associar sempre o choro à fome. Dar o peito toda vez que o pequeno abre o berreiro pode fazer com que ele recorra à comida a cada frustração da vida. Nessa fase, seu filho também já começa a ter contato com os diferentes sabores dos alimentos. Isso acontece porque o gosto do leite muda conforme a dieta da mãe. Portanto, é absolutamente recomendável que a família siga uma alimentação balanceada, fugindo da monotonia.

Ao preparar a papinha, não use o liquidificador
O sexto mês marca uma mudança importante na dieta de uma criança. É o período em que os pais devem introduzir as papinhas na rotina alimentar dos filhos. Tanto salgadas como doces. Serão, em média, quatro mamadas para duas papas. Aqui uma dica importante é jamais usar o liquidificador, que tritura sem piedade qualquer ingrediente. E os pediatras seguem uma receita clássica: a papinha deve ser pastosa, mas não totalmente liquefeita. Em outras palavras, você terá de peneirar, ralar, raspar, espremer ou amassar os alimentos nessa primeira etapa. Não existe restrição em relação às frutas a serem usadas, embora muitos evitem as mais ácidas – preferem a laranja-lima, por exemplo. Seja como for, a principal preocupação é que elas sejam frescas, in natura. E de preferência da estação.

Ofereça água e suco no copo
Nessa fase, o bebê também deve começar a tomar água e sucos naturais, sem a adição de açúcar. Mas procure oferecer no máximo 100 mililitros por dia. E sempre no copo para não ameaçar a amamentação com a confusão de bicos. Os sucos, principalmente os de frutas cítricas, devem ser oferecidos após as refeições para melhorar a absorção do ferro, presente, por exemplo, na carne vermelha, no feijão e nas folhas verde-escuras. Jamais substitua os alimentos sólidos por bebidas. E, para matar a sede, dê a água e não o suco.
Fontes: médica Roseli Oselka Saccardo Sarni, presidente do Departamento Científico de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria; e nutricionista Susy Graff, especialista em nutrição clínica e responsável pelo site Nutrikids


Andreia Meneguete - http://www.tempodemulher.com.br/
Achar que existe fórmula para a felicidade é uma das maiores falácias contemporâneas. Buscar o kit pronto nas prateleiras disponíveis no mercado da vida é reduzir a essência da felicidade à zero. Tudo porque o estado de felicidade deixou de ser uma sensação - algo simples, que se conquista nas coisas mais simples ainda - e foi personificado ganhando a forma magra, loira, lisa e sem celulite de um pessoa que nem se quer sabemos quem é direito. Some-se aqui algumas doses de sensualidade, charme extra, conta bancária recheada e uma carreira bem-sucedida. E é claro, com um homem escândalo do lado. E o pior: todas as qualificações de felicidade passam pelo crivo de um júri cruel, composto pelo conhecido "os outros".

Na verdade, esqueceram de dizer às meninas, junto com as bonecas que ganham para brincar de gente grande, que mulher feliz tem celulite porque come batata frita com as amigas, ganha dois quilos em uma semana porque ataca brigadeiro na TPM, engorda 15 quilos na gravidez, tem cara de exausta e sente o peso de um mundo para conseguir desempenhar as diversas tarefas de um dia curto e ainda rebola muito para conseguir estar linda e cheirosa, assim como manda o figurino.

Ser feliz é optar por ser protagonista da própria vida e escolher a dedo quem serão os demais atores que atuarão com você nesta jornada. É decidir de forma madura qual cenário fará pano de fundo para cada interpretação desta deliciosa vida.

Ser feliz é estar bem-resolvida com cada decisão que toma desde a hora que acorda até o momento que fecha os olhos. Lógico que obstáculos e tristezas vão compor o enredo, mas não ganham importância e proporção maior do que aquilo que realmente vale a pena.

Importante. Esta aí uma palavra que deve ser pensada. A gente 'importa' para os nossos corações aquilo que não desejamos tirar tão cedo dele. Amigos, maridos, filho e carreira são escolhas importantes que valorizamos e cuidamos muito bem. Não torne importante algo ou alguém que não merece essa conotação.

Sou magra porque me sinto bem com o peso ideal, mas não faço dietas para ter a barriga da Carolina Dieckmann. Tenho cabelos encaracolados porque acho que não vale a pena comprometer a saúde usando o formol para tê-los lisos e esvoaçantes. Não uso roupas para estar na moda, mas, sim, porque amo selecionar a dedo aquilo que representar a minha imagem ao longo do dia.

Casei porque amo o homem que está ao meu lado, que por sinal me entende e é meu parceiro. Não casei pelo simples fato da sociedade impor a todo momento que é preciso ter uma família Doriana. Entro na cozinha quando quero e estou com fome. Jamais cozinharei porque é uma tarefa de mulher. Divido e pago todas as contas em casa porque é uma delícia ver os frutos da profissão que exerço. Sou feliz quando meu filho olha para mim e tem orgulho da pessoa que sou. Não faço nada pensando em agradar os outros. Não me movimento pensando naquilo que poderia ser referência de sucesso para terceiros.

Felicidade é aquilo que preenche a alma e não o olhar do outro. A felicidade pode estar na pele de uma mulher comum, num dia ameno, sentada no sofá frente à televisão com a companhia dos filhos. Ou não. Talvez a felicidade esteja numa mesa de negócios e uma agenda lotada de compromissos e tarefas para serem vistos e resolvidos. Tudo vai depender daquilo que satisfaz cada um. E isso só você vai saber identificar. Para os outros deixe apenas a tarefa de lhe admirar e querer saber qual é o seu segredo para ser feliz!
"Amanhã fico triste - amanhã.
Hoje não - hoje fico alegre.
E todos os dias, por mais amargos que sejam, eu digo: amanhã fico triste, hoje não" (Demain)

Uma inspiração retirada do Blog Poupeeamelie

 Por Madson Moraes - www.tempodemulher.com.br


"Filhos... Filhos? Melhor não tê-los! Mas se não os temos, como sabê-lo?", disse o poeta Vinicius de Moraes. Ter um filho é a realização de um sonho para diversos casais e principalmente para a mulher. Para encerrar a capacidade de ter filhos, uma das maneiras que o casal encontra é submeter a mulher à cirurgia de laqueadura, mais conhecida como ligadura de trompas.

No entanto, é preciso muito diálogo entre o casal para que esta seja uma decisão consciente e saudável. Vamos explicar como é feita a cirurgia e tirar suas dúvidas com a ajuda do ginecologista-obstetra Alfonso Massaguer, que também é diretor-clínico da Clínica MAE.

Trompas de Falópio?

Antes de explicar como é realizada a laqueadura, vamos entender basicamente o que é fecundação. As Trompas de Falópio são os canais que ligam o útero aos ovários. A laqueadura é justamente o "ligamento" dessas trompas. Na operação, faz-se a interrupção desses canais que transportam o óvulo ao útero, onde ele é fecundado pelo espermatozóide. Quando se interrompe esse ciclo, a fertilização não ocorre.

Dito de uma maneira simples: o médico fecha as tubas uterinas da mulher, o que impede a descida do óvulo e a subida do espermatozóide. É uma cirurgia relativamente simples na qual as trompas são cortadas e as extremidades amarradas. O Brasil tem um dos maiores índices de laqueaduras do mundo com 40% das mulheres em idade reprodutiva - de 10 a 49 anos - esterilizadas, ao lado da Índia e China, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Técnicas

"A laqueadura pode ser feita por um procedimento cirúrgico chamado de laparoscopia (que são pequenas incisões de 5 a 10 mm e colocação de um câmera na barriga), uma incisão similar a uma cesariana (ou no momento desta) ou um corte ainda menor de aproximadamente 6 cm. Também pode ser feita através de um pequeno corte pela vagina sem cortar a barriga", afirma o ginecologista-obstetra.

As técnicas mais utilizadas para realizar o procedimento são laparoscopia e por uma incisão similar à cesariana ou, ainda, no próprio momento do parto. "A trompa pode ser cortada, amarrada e até retirada. Se a lesão na trompa for "maior", menor será a chance de falha, mas será mais difícil consertar se a paciente se arrepender", assegura Alfonso.

Uma das vantagens da ligação de trompas é que o risco de gravidez é de menos de 1%. Mas é possível engravidar após o procedimento? Sim, explica o obstetra, mas a "falha é bastante rara". O que não pode é deixar de utilizar, mesmo após a laqueadura, os métodos contraceptivos para evitar doenças sexualmente transmissíveis.

Atendimento na rede pública

Se você está se perguntando se dá para realizar o procedimento na rede pública, sim, é possível. O Sistema Único de Saúde (SUS) realiza o procedimento, mas há vários critérios de inclusão como idade mínima de 25 anos ou pelo menos dois filhos vivos. Também é necessário pelo menos 60 dias entre a manifestação do desejo de laqueadura pelo casal e o ato cirúrgico.

"O mais importante é ver a laqueadura como método definitivo e avaliar se há outro método de anticoncepção não definitivo que se enquadre", garante Alfonso. Os interessados precisam aguardar dois meses para fazer a cirurgia e, nesse período, passam por um acompanhamento médico e psicológico.

Dá para reverter?

Segundo Dr. Alfonso Massaguer, é possível desfazer a laqueadura caso o casal queira novamente ter filhos, mas depende de como foi feita a cirurgia. O procedimento chama-se salpingoplastia e pode ser feita por anastomose tubária microcirúrgica, via laparotomia ou via laparoscopia. O grau de reversibilidade depende da lesão que a técnica cirúrgica causou.

Dessa maneira, laqueaduras feitas com anel plástico ou clipes de titânio são mais simples de reversão. Para as pacientes que foram submetidas à salpingectomia (que é a retirada das trompas), a reversão é impossível. "Se a reversão não for possível, o casal pode realizar uma fertilização in vitro onde as trompas não são necessárias para uma gravidez", assegura o especialista.

Fazer ou não fazer?

Diversos aspectos psicológicos devem ser levados em consideração pelas mulheres na escolha dessa esterilidade. Agora você pode não querer mais filhos, porém mais à frente, caso encontre outro par, o desejo de ser mãe pode voltar. "O apoio de uma equipe multidisciplinar é de grande importância, pois o conhecimento de outros métodos de anticoncepção ajudará a mulher a uma melhor decisão", ressalta o ginecologista.

Patricia Zwipp - Especial Site Terra

Os filhos são uma alegria e tanto para os pais, mas trazem uma série de dúvidas quando o assunto é etiqueta, assim como aos parentes, amigos e conhecidos: "Posso falar que não gosto que apertem a bochecha da criança?", "Qualquer um pode visitar o recém-nascido na maternidade?", "Se meu pequeno recebe um presente e diz que não gostou, devo me desculpar com a pessoa?". Para responder a essas e outras questões, o Terra conversou com os consultores de etiqueta Fábio Arruda e Ligia Marques, que ensinam como driblar as possíveis saias-justas. Confira:

Recém-nascidos

1 - Quando o bebê nasce, quem deve ir à maternidade, quanto tempo dura a visita e é preciso avisar o horário à família?
Os consultores afirmam que apenas pessoas mais próximas devem ir à maternidade. A visita pode demorar, no máximo, 15 minutos. Portanto, nada de colocar o papo todo em dia. Seja breve. Antes, ligue e pergunte qual é o melhor momento para ir ao hospital.

2 - Quanto tempo depois que a mãe chegou com o bebê em casa pode-se visitá-los?
Segure a curiosidade de ver o bebê e espere que a mãe se costume, na medida do possível, com a nova rotina. A consultora Ligia recomenda ligar após dez dias perguntando se pode visitá-los. Arruda prefere dar um tempo maior, de um mês.

3 - Como deve ser a visita em casa?
Assim como na maternidade, Arruda recomenda que seja rápida, mas existe a possibilidade de se estender um pouco mais, por cerca de 30 minutos. Se quiser usar perfume, OK, mas é interessante fugir de excessos e fragrâncias muito fortes. Vale lembrar da importância de lavar bem as mãos, já que o ato pode reduzir a transmissão de doenças contagiosas, inclusive a gripe causada pelo vírus Influenza A (H1N1), conhecida como suína. Por falar nesse assunto, o consultor lembra que, por causa da disseminação da patologia, seria interessante evitar visitas.

4 - Vou visitar um recém-nascido. Posso pegá-lo no colo ou tocá-lo?
Não. Contente-se em olhá-lo. Além de diminuir as chances de contaminá-lo com micro-organismos que trouxe da rua, também evita situações que podem lhe deixar sem graça, como o pedido da mãe para tirar as mãos de seu filho.

5 - Se fui convidada para o chá-de-bebê e levei os itens solicitados na ocasião, devo presentear a criança novamente quando for visitá-la?
Sim, é gentil. "O presente de chá-de-bebê é uma lembrancinha bem modesta, como mamadeira, fralda e chupeta. O presente da maternidade deve ser algo melhor, como uma roupinha bonita, por exemplo", disse Ligia. O consultor Arruda lembra que pode ser até flores para mãe, desde que não seja alérgica, é claro.

6 - Na hora de escolher o presente, devo ligar para os pais e perguntar o que a criança precisa ou posso escolher o que quiser?
Não precisa ligar e pode escolher o que quiser. Se tem intimidade com os pais e não quer errar, a ligação se torna uma boa aposta, como observa Arruda.

7 - Se a visita chegar e o bebê estiver dormindo, devo acordá-lo ou pedir desculpas?
Nenhuma das duas alternativas. A prioridade é o conforto do bebê, que deve dormir sossegado. Não precisa ficar com peso na consciência e acender a luz do quarto ou tirá-lo do berço. Se a visita quer ver a criança acordada, nada melhor do que ligar antes e saber o horário ideal para conhecê-la, certo?

8 - Os pais do bebê devem dar lembrancinhas?
É um gesto simpático, mas não obrigatório. Se optar por presentear as visitas sem gastar muito, uma lembrança por família já está ótimo.

Crianças maiores

9 - Se meu filho recebe um presente e diz que não gostou, devo me desculpar com a pessoa?
Sim, com certeza. O consultor Arruda recomenda dizer algo parecido com "Desculpe, estou precisando trabalhar melhor a educação dele." E nada de brigar com o filho na frente dos outros. A situação já é desagradável e não tem por que torná-la ainda mais. Quando estiver a sós com a criança, explique o problema e como deveria ter agido.

10 - Vou organizar a festa de aniversário do meu filho. Quem não posso deixar de convidar?
Ao contrário do que muitos pais fazem, a prioridade é para amigos do filho. Afinal, ele é o aniversariante. Depois, de acordo com Ligia, coloque na lista os parentes próximos e amigos, sempre pensando na quantidade de convidados que pode receber bem, por questões financeiras e de espaço. Uma dúvida que costuma surgir é se há a necessidade de chamar colegas de trabalho. Arruda recomenda responder a duas simples perguntas para descobrir como agir: "Eles conhecem seu filho? Os filhos deles são amigos de seu filho? Se a resposta é não, não precisa convidar."

11 - Decidi dar uma festa em casa e vi que o filho do meu amigo estava mexendo nos armários e tirando as coisas do lugar. Devo repreendê-lo, avisar ao pai sobre o fato ou fingir que não vi?
A questão causa divergência entre os consultores. Arruda opina que não se deve dar bronca nos filhos alheios, mas falar sobre o problema de maneira simpática com o amigo. "Por exemplo, diga que a criança está mexendo em alguma coisa e tem medo que ela se machuque." Ligia, por sua vez, recomenda chamar a atenção do pequeno travesso. "Não tenha medo disso e, se os pais reclamarem, seja firme em sua posição. Não precisa avisar aos pais, que na hora se sentirão envergonhados."

12 - Levei meu filho para brincar em um parquinho. Quando percebi, ele estava brigando com uma criança. O que devo fazer? Repreendê-lo, reclamar com os pais da outra criança?
O consultor Arruda deixa bem claro que a hipótese de tirar satisfação com os pais da outra criança não deve nem passar pela sua cabeça. O melhor é simplesmente separar a garotada. "Procure ver o que está acontecendo e ser justo na avaliação. Se for culpa do filho, faça-o pedir desculpas. Se for culpa do outro, peça que ele também se desculpe e, caso não obtenha sucesso, afaste-se dessa criança", disse Ligia.

13 - Decidi passear com meu filho no shopping e ele fez um verdadeiro escândalo porque não comprei o brinquedo que pediu. O que fazer nessa situação?
Não ceda aos caprichos da criança. Se não parar com a manha com uma conversa, simplesmente leve-a embora, mesmo que esteja gritando. A consultora Ligia dá a dica de que a bronca deve acontecer no carro e não no meio do shopping.

14 - Se acredito saber uma forma de lidar bem com a situação que a criança enfrenta (como doença ou comportamento indesejado), posso oferecer ajuda aos pais dela e passar minhas experiências?
Os consultores discordam na resposta dessa questão. Enquanto Arruda fala que não se deve interferir, Ligia sugere dizer com delicadeza que passou por situação semelhante e que, se os pais permitirem, pode dar alguma dica, sem insistir no assunto.

15 - Se não gosto que apertem a bochecha do meu filho ou que toquem nele, posso falar para parar?
Sim, mas sempre de forma delicada. Peça para que não faça isso dizendo que o filho fica irritado ou não gosta. Afinal, quem acha legal que apertem suas bochechas? Não é à toa que os pequenos costumam fugir dos parentes com esse costume. Caso tenha mania de querer tocá-los, controle-se tanto com recém-nascidos quanto com crianças maiores.
Especial para Terra